Á prova de fogo - capitulo 7

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Sonho VS. Passeio 



“Faltava-me o ar, minha respiração estava descompassada, cada vez mais eu ficava sem ar, meus pulmões estavam murchando. Eu corri dentre aquela floresta escura e fria, à noite aquela floresta era assustadora, se fosse um dia qualquer eu nunca entraria nela, mas ele estava me seguindo. Por um segundo fiquei sem ar nos pulmões, parei atrás de uma árvore para tentar regularizar a minha respiração, por um momento olhei para trás, não o vi, me questionei ‘Será que ele desistiu’, mas depois pensei no que ele havia me dito ‘Nunca desisto’, o que só me deixou mais tensa, nada naquela floresta ou em lugar algum me deixaria calma, principalmente agora que ele estava atrás de mim. ‘Você pode correr, mas não se esconder’, ‘sabe que isso até que está divertido’, o ouvi sorrindo malvadamente, essas palavras me arrepiaram por inteira, ele estava perto, muito perto, pois a voz parecia tão próxima, parecia um filme de terror, e meu maior pesadelo era ele. Sem olhar pra trás sai correndo, minhas pernas já estavam cansadas e a qualquer momento eu poderia cair, mas continue correndo, pois essa frase passava por minha mente “Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.” E era isso que eu faria, de um jeito ou de outro, eu continuaria em frente, correndo contra o tempo, correndo do meu pesadelo, lutando pela sobrevivência. Quando cheguei ao meu limite, vi que estava presa, á minha frente havia um penhasco e atrás havia o devorador de almas e ele queria a minha, virei em sua direção e lá estava ele com seu sorrisinho no rosto, ele usava um moletom preto, estava de capuz, calças pretas e botas pretas, ele estava igual a sua alma escura, toda de preto. Fui dando passos para trás lentamente, ele não tirava os olhos de mim e quando nossos olhares se cruzavam eles pegavam fogo, o dele de maldade e o meu de raiva, mais de vez em quando o olhar dele parecia diferente, era mais claro, mas isso não durava muito. Quando cheguei a ponta do penhasco, olhei lá pra baixo e em um pequeno descuido, fui  impulsionada para trás, ele havia me empurrado de um penhasco, eu estava flutuando pelos ares, aquilo poderia ser incrível...se eu não estivesse caindo, enquanto caia o olhei e ele continuava com o sorrisinho, mas pude ouvi um ‘Nos veremos em breve’.

Levantei da cama, passei a mão no pescoço e vi que estava suando, respiração ofegante, aquilo não passara de um sonho, um sonho terrível, meu coração batia acelerado, como se tivesse criado pernas e corrido uma maratona. Mais quem era aquele garoto? Será que ele era o ser estranho da noite passada?! Eu tinha quase certeza de que o garoto do sonho, era o mesmo garoto da noite passada, sai de meus pensamentos quando ouvi a campainha tocar, droga, eu havia me esquecido que iria sair com Chaz pra conhecer a cidade, olhei no relógio que ficava na cômoda do lado da minha cama, e marcava 7:50, ele havia chegado cedo, depois disso levantei da cama e comecei a arrumar a mesma, quando terminei corri para o banheiro, me despi e tomei banho, escovei os dentes e sai do banheiro enrolada na toalha, fui ao closet e peguei  um jeans rasgado, uma blusa preta de sem manga com a estampa de uma coruja na frente, levei a roupa pro banheiro e me troquei, calcei meu all star azul escuro, arrumei os cabelos em um coque, peguei meu celular e a carteira que continha meu dinheiro e documentos, depois meu casaco e sai do quarto, desci as escadas as pressas. Quando estava a caminho da cozinha, olhei o relógio por um momento e eram 8:15, até que não demorei muito para me arrumar, entrei na mesma e vi Charlie e Chaz tomando café da manhã, olhei para Chaz e ele virou.

Não precisa explicar, Charlie me disse que você estava dormindo, ai eu aproveitei pra tomei café da manhã aqui - disse sorrindo-

Me desculpa, é que eu perdi a hora, sabe, o fuso horário é diferente e ainda não me acostumei com ele –soltei um sorrisinho- 

Tudo bem querida, você irá se acostumar, agora, sente e tome seu café - sorriu. Sentei-me a mesa e logo me servi- Ah, seus pais ligaram, queriam saber como você está, eu disse que estava bem –falou e continuou a tomar eu café- 

Murmurei um ‘hmm’ e tomei um gole do meu iogurte, não estava a fim de tomar café da manhã. Charlie perguntou se eu não iria comer nada, eu disse que estava sem fome, ela insistiu e eu lhe disse que quando sentisse fome comeria alguma coisa, isso não pareceu convencê-la, mas ela disse um ‘está bem’ e continuo o seu café, Chaz terminou o seu café, demos tchau a Charlie e fomos em direção a porta, peguei no sofá meu casaco e o coloquei, meu celular e a carteira e coloquei no bolso.  Chaz abriu a porta e me deu passagem, passei pela mesma e logo ele veio atrás, andamos até o carro e entramos, ele ligou o carro e logo estávamos em movimento. A manhã passou rápida, Chaz me levou a alguns lugares, ao Starbucks, perguntei-lhe sobre uma biblioteca e ele me mostrou onde ficava, era perto da casa de Charlie, ele me mostrou algumas lojas, mas não entramos. Quase todo o caminho a gente foi conversando, sobre coisas aleatórias e sobre nossas vidas, ele me disse que tinha chamado um amigo mais ele não pode ir, mas disse que eu o iria conhecer amanhã na escola. Com tantos acontecimentos, tinha até me esquecido que amanhã era segunda e seria o meu primeiro dia de aula na School Delevil, as aulas já tinham começado, mas eu vou chegar quase no meio do ano, e ainda nem tinha comprado nada pra escola. O passeio acabou, pois, Chaz tinha ir à casa do seu amigo de tarde, ele me deixou na porta e foi pra casa do seu amigo, cheguei à casa da Charlie 13h, entrei e sentei no sofá não sei por que, mas acabei caindo no sono...



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