Soldier Criminal - Cap.7

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Ficamos em pé, enquanto Jason se acomodava em sua poltrona. 



Ele ficou nos encarando. Acho que esperava uma resposta. 

Danny: Olha, Jason a... –o interrompo- 

Eu: A culpa foi minha, o Danny não teve nada a ver com isso –olhei Danny e ele me olhava tipo “o que você tá fazendo”, depois virei para Jason novamente- Eu pedi pro Danny pra dar uma volta. Eu nunca saio de casa - Jason ficou me olhando e logo depois se pronunciou -

Jason: Foi isso que aconteceu Daniel - Danny me olhou e eu balancei minha cabeça em um ‘sim’- Ahm, eu não ouvi! –disse fazendo Danny se assustar - 

Danny: Ah... Foi, foi sim senhor –respirei aliviada- 

Jason: Está bem, já pode se retirar -disse autoritário-

Antes de ir Danny me olhou e eu sorri de canto, como um “vai ficar tudo bem”. Eu me virei pra sair. 

Jason: A onde você pensa que vai? -perguntou-

Eu: Vou embora, tudo já está esclarecido - me virei em sua direção-

Jason: Esclarecido sim, mas não estou satisfeito.

Eu: Ué, as vadias que você traz não estão conseguindo te satisfazer –ri por dentro- Não tenho nada a ver com isso, vá reclamar com elas –estava prestes a sair- 

Jason: Muito engraçadinha você, hein - se levantou e veio em minha direção-

Eu: Você não sabe o quanto - ele fechou a porta-

Jason: Senta! –fiquei parada- Não me faça perder a paciência e senta logo ai - bufei mais acabei sentado-

Eu: Satisfeito - disse me referindo a eu ter sentado-

Ele apenas sentou e tudo ficou em silêncio. Aquilo estava chato. Ele apoiou os cotovelos na mesa e chegou mais perto.

Jason: Vejo que você está muito próxima do Daniel, ele até ganhou um apelido - riu sem vida-

Eu: E o que isso tem a ver, somos amigos –disse o que era óbvio- A onde quer chegar?

Jason: Estou querendo dizer que ele trabalha pra mim e eu não o contratei para ser seu ‘amiguinho’ –ele recostou-se  na poltrona -

Eu: Pois, eu não vejo problema em sermos amigos –dei de ombros- 

Jason: É melhor se afastar dele, senão terei que demiti-lo – disse como se fosse à coisa mais normal do mundo-

Eu: Como você pode ser tão baixo, hein?! Primeiro me deixa trancada no quarto e agora quer demitir a única pessoa que se importa comigo, depois da Anne. Você nunca me deixa sair, eu sou um ser humano. Você não pode me deixar trancada aqui para sempre –me levantei, colocando as mãos na mesa- 

Jason: -riu maléfico- Você é tão ingênua Ellie que chega a dar pena - se levantou e ficou com as mãos na mesa. Estávamos perto demais - É claro que eu posso te deixar trancada, não se esqueça que eu mando em você e se depender de mim você não sairá dessa casa. Nunca! 

Eu: VOCÊ É UM IDIOTA JASON, UM IDI... –ele me interrompeu. Havia me dado um tapa na cara, aquilo ardia- Idiota –sussurrei- 

Sai de lá o mais rápido possível. Não estava acreditando. Ele havia me batido?! Meus pais nunca me bateram, nem mesmo Bob. E ele, ele se achou no direito de me bater! Ele se atrevera a tanto. Jason sempre fora agressivo com as palavras e não com as mãos, pelo menos não comigo. Eu estava mal. Minha garganta até agora ardia, e meu sangue fervia por dentro. Ele fervia de raiva. Eu até agora não compreendera.
Subi pro meu quarto e deitei na cama. Se eu sentia vontade de chorar? Claro, queria chorar de raiva e assim o fiz. Aquilo doía. Não o tapa em si, mas ele ter me batido, doía tanto. Eu e Jason sempre discutíamos por coisas realmente idiotas, mas nossas discussões nunca chegaram tão longe como essa chegou. O resto do meu dia eu passei em meu quarto, pensando. Era disso que eu precisava. Pensar.
E um dia que deveria ser ‘O dia no paraíso, se tornou o dia no inferno’.....


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